terça-feira, 15 de julho de 2014

Como o Yoga ajuda na performance de atletas de alta montanha

Texto e foto: Lisete Florenzano


Todos têm na cabeça uma imagem padrão para quem pratica Yoga.

É aquela pessoa “zen”, super flexível (faz posições incríveis com o corpo), normalmente vegetariana e que não se estressa por nada.

Apesar de muitos praticantes terem essas características, isso não pode ser padronizado…

Eu pratico Yoga há muito tempo, mas não sou lá muito zen, não sou nada flexível, não sou vegetariana e me estresso!

Então, afinal, por que o Yoga é bom para quem escala alta montanha?

O Yoga tem vários aspectos que as pessoas leigas normalmente desconhecem.

Práticas de técnicas respiratórias (Pranayamas) e concentração (Dharana) são tão comuns quanto a própria prática de posturas corporais (Asanas).

Assim, uma aula de Yoga pode conter várias técnicas, não precisa ser apenas aquela série de alongamentos e depois relaxamento… é muito mais que isso.

Uma das principais metas do Yoga, para mim, é a disciplina da sua mente.

Tudo gira em torno disso. Tecnicamente falando, acontece o seguinte:

Pranayama – sim, vc tem que se concentrar na técnica respiratória em si e realizá-la corretamente, mas principalmente tem que trazer o tempo todo sua mente para o que está realizando;

Asana – muitas posturas físicas são exigentes, tanto com relação à força, quanto ao alongamento ou equilíbrio. Além disso, é preciso permanecer na postura por algum tempo… Muitas vezes seu corpo está lá, tremendo, e sua mente começa aquele diálogo: “nossa, não vou aguentar, preciso parar com isso, essa instrutora é maluca em deixar a gente aqui nesse sofrimento, blablablabla” e vc fica lá firme, tentando não dar bola para essa “conversa mental”. Ou então vc está numa postura mais relax e a mente já começa a pensar na lista de supermercado. E vc, como bom e atento praticante, volta a atenção para o asana;

Dharana – aqui é que normalmente a atenção flutua demais, pois a única coisa a se fazer é focar a mente em uma única coisa, que pode ser uma visualização (do sol, lua, flor, etc), um som (mantra) ou na própria respiração. Não temos esse hábito, é natural da nossa mente estar literalmente “viajando”. Mas esse estado de concentração pode ser praticado e aprendido.

Essa prática de disciplina mental é que ajuda escaladores de modo geral em suas atividades de montanha.

Quantas mil vezes não passou pela cabeça aquela frase terrível, em um momento difícil durante a escalada: “o que estou fazendo aqui?????????

Por que não estou numa praia maravilhosa, comendo bem, no calor, numa casinha bacana?”.

Com certeza todos os escaladores já se fizeram essa pergunta…

O que nos mantêm lá na montanha, em momentos como esses, são a nossa disciplina mental.

É a nossa capacidade em parar de prestar atenção a esse diálogo mental e trazer a atenção para o “aqui e agora”. É ter o controle sobre nossas emoções para não deixar que o medo tome conta, mas também ter clareza sobre o quão arriscada ou perigosa está determinada situação.

É conseguir perceber quando o sinal de cansaço físico é real ou apenas mais um “conversê” da nossa cabeça…

“Nossa, estou muito cansado, não vou aguentar, tenho que voltar, que ideia maluca escalar esta montanha, não estava pronto para isso, é difícil demais pra mim, quero minha mãaaaaae!!!!” é um diálogo mental comum.

Mas saber quando estamos próximos de um real esgotamento físico ou se é pura falação, isso é auto-conhecimento. Quanto mais montanhas vc escalar, mais vai conhecer seu corpo e sua mente (a tal experiência de montanha). Mas é possível praticar esses conceitos numa prática de Yoga.

Em nossa vida cotidiana, não é fácil ir para as montanhas. Assim, uma prática de Yoga pode ser uma boa opção. É onde vc poderá trabalhar sua disciplina mental, onde irá conhecer melhor seu corpo e como sua mente e suas emoções atuam sobre ele.

Creio que o Yoga e o montanhismo sejam complementares. Apesar de técnicas diferentes, trabalham os mesmos “corpos”: o corpo físico, emocional, mental.

O objetivo do Yoga é atingir o Samadhi, que pode ser entendido como Iluminação ou o encontro do Absoluto que existe dentro de vc. Quando escalamos uma montanha, nosso objetivo é chegar ao cume. Mas quantas vezes, ao chegarmos lá, não tivemos contato com esse mesmo Absoluto?

Não será isso que nos move, que nos faz querer escalar novamente, mais e mais?

domingo, 22 de junho de 2014

Namastê

A palavra namastê é o cumprimento em sânscrito que literalmente significa “curvo-me perante a ti”. É a forma mais digna de cumprimento de um ser humano para outro.


Expressa um grande sentimento de respeito. Invoca a percepção de que todos nós compartilhamos da mesma essência, da mesma energia, do mesmo universo.

Namastê possui uma força pacificadora muito intensa.

Em síntese é “Saúdo a você, de coração!” e deve ser retribuído com o mesmo cumprimento.

O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você.

O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti.

O Espírito em mim reconhece o mesmo Espírito em você.

A minha essência saúda a sua essência.

As pessoas que trocam indiferença, desconfiança ou ódio, são pessoas que esqueceram que Deus habita cada ser.

Conhecido pelos budistas como Anjali Mudra, consiste no simples ato de pressionar as palmas das mãos ante o coração e os dedos apontados para cima, no centro do peito.

Inclina-se levemente a cabeça sem ser acompanhado de palavras.

Frequentemente fecha-se os olhos, para então curvar-se a coluna, em sinal de respeito à divindade que preenche todos os espaços do universo.

A coluna retorna à posição ereta mais lentamente do que quando abaixou, também simbolizando respeito à outra pessoa.

Os cincos dedos da mão esquerda representam os cinco sentidos do coração, enquanto os dedos da mão direita representam os cinco órgãos da razão.

Significa então que mente e coração devem estar harmonia, para que nosso pensar e agir estejam de acordo com a Verdade.

Também é um reconhecimento da dualidade que existe no mundo, simbolizando a união das polaridades, esquerda e direita, bem e mal e sugere um esforço de nossa parte para manter essas duas forças unidas em equilíbrio.

Dez dedos unidos no namastê.

O número dez é o símbolo da perfeição, da unidade, do equilíbrio perfeito.

Os dez mandamentos, as dez emanações da Árvore da Vida, os dez vértices da estrela de Pitágoras. A Parábola dos Dez Talentos (Mt, 25).

Toda criatura é um reflexo dos Dez Atributos Divinos: apego, bondade, conhecimento, esplendor, harmonia, perseverança, realeza, sabedoria, severidade.

Namastê traz o sagrado para dentro de cada ser humano, afirmando que Deus não está no céu, num templo ou mesmo na natureza.

Deus está em tudo, em cada um de nós e qualquer dissociação da imagem do divino da nossa é inútil.

Ao fazer o namastê, afirmamos que todos somos filhos e partes do Sagrado, indissociáveis e iguais.

Então aqui fica o meu Namastê

Gui Silva

segunda-feira, 2 de junho de 2014

1/8 de Yoga



A prática de asanas (posturas) do Yoga representam apenas 1/8 de todo o sistema de Patanjali, os 8 passos do Yoga, e não o todo. Os outros 7/8: 

1. Yama (princípios morais universais) 
2. Nyama (princípios de autopurificação) 
3. Pranayama (controle rítmico da respiração) 
4. Pratiahara (contenção dos sentidos) 
5. Dharana (concentração) 
6. Dhyana (meditação) 
7. Samadhi (união do corpo, mente e alma com Deus) 

Quantas vezes paramos para nos analisarmos como Yogues? 

Será que estamos cumprindo as tarefas de casa? Ou pelo menos tentando? 

E aquela matéria em que somos mais fracos? Estamos dando atenção especial a ela ou simplesmente deixando de lado e nos prendendo as mais fáceis? 

Se conhecer é conhecer os próprios medos, falhas, desilusões e monstros que habitam dentro si. Por isso sempre fugimos dessa árdua tarefa. 

 Fiquem na paz!

Artigo escrito por Gui Silva

Gentileza gera... bem-estar!

"Apagaram tudo... pintaram tudo de cinza..."
 

A estrofe da música “Gentileza”, de Marisa Monte, revela sua tristeza ao se deparar com os murais com as palavras do profeta Gentileza apagadas. Ele escrevia em pilastras do Rio de Janeiro mensagens que enalteciam o amor, a bondade e, acima de tudo, a gentileza. É dele a tão repetida frase “Gentileza gera gentileza”. A famosa frase vem sendo utilizada em campanhas de trânsito, em camisetas e até mesmo em cangas de praia. Ao que parece, está em voga ser gentil e cortês. Porém, o que significa de fato ser gentil? Resumidamente, é fazer uma boa ação ao próximo, ou até mesmo ao meio ambiente. É como dizer em ações que nos importamos com algo. 

A origem sânscrita para denotar gentileza, segundo o professor de Yoga Pedro Kupfer, é prasada. Para Kupfer, a palavra tem um sentido maior, divino até: “Prasada, por um lado, designa qualidades como gentileza, serenidade e bom humor, enquanto que, por outro, significa calma, pureza e clareza. Se este termo está ligado sempre às manifestações mais harmoniosas da divindade, é porque a gentileza, a graça e as demais qualidades são de fato divinas”.
 
A gentileza pode aparecer sob diversas formas. Ser gentil significa não somente sorrir e cumprimentar o próximo, ou dizer palavras simples como por favor, obrigado e desculpe. Significa também ser solidário, dar apoio e suporte a alguém que esteja em dificuldade, fazer trabalhos de voluntariado. E, ainda, segundo a ONG Australian Kindness Movement (Movimento Australiano de Gentileza), ser gentil é não fazer algumas coisas, como, por exemplo, evitar fofocas, não apontar o dedo de culpa para os outros e não fazer juízos negativos a respeito ao próximo. Além de fazer bem aos outros, ser gentil faz bem a quem pratica o ato de gentileza, promovendo a saúde e o bem-estar. 

Allan Luks, ex-diretor do Instituto para Promoção à Saúde, em Nova York, EUA, fez um estudo sobre o tema e publicou os resultados em seu livro The Healing Power of Doing Good: The Health and Spiritual Benefits of Helping Others (O poder de cura de fazer o bem: a saúde e os benefícios espirituais de ajudar os outros). Luks estudou mais de 3 mil voluntários, de todas as idades, em mais de 20 organizações de todo o país. Ele verificou uma clara relação de causa e efeito entre um ato de gentileza e o bem-estar. Luks concluiu em sua pesquisa que ajudar ao próximo contribui para a manutenção da boa saúde e pode diminuir os efeitos das doenças e distúrbios graves e menores, sejam físicos ou psicológicos. 

Atos de gentileza diminuem a depressão, promovendo o contato social e diminuindo o sentimento de isolamento que pode levar ao estresse, sobrepeso e úlceras. A redução do estresse pode, inclusive, diminuir ataques de asma. Dores físicas também podem diminuir em decorrência de fazer o bem. Até o nosso sistema imunológico se beneficia do bem ao próximo, pois os sentimentos gerados por essa conexão – amizade, amor, sentimentos positivos – aumentam a nossa imunidade. O estudo de Luks também aponta que fazer o bem aumenta a nossa sensação de valia, trazendo felicidade e otimismo, afastando o sentimento de desamparo. E ser gentil promove ainda: maior disposição, tranquilidade, ajuda no controle do peso, melhora na insônia, aumento da temperatura corporal, melhora no sistema cardiovascular, redução do ácido estomacal, aceleração na recuperação de cirurgias e redução das atividades cancerígenas, entre outros. Não à toa, Luks decidiu estudar “este fenômeno intrigante que parecia ter efeitos quase mágicos”. 

Paul Pearsall, Ph.D. em Psicologia no Havaí, relatou em seu livro Receita do Prazer (ed. Cultrix) que pesquisas recentes mostram que atitudes abnegadas são uma das coisas mais saudáveis que podemos fazer pelo próximo e por nós mesmos. Ele não exagera quando diz que a gentileza tem “imensos benefícios sobre a imunidade e a cura”. 

O médico texano Larry Dossey, famoso por estudar o papel da mente na saúde, defende que a gentileza e o altruísmo agem como uma droga milagrosa, trazendo efeitos benéficos tanto para aquele que pratica o ato de bondade como para aquele que o recebe. Segundo ele, o bem estimula respostas saudáveis nos indivíduos, o que corrobora os resultados dos estudos realizados por Luks.

FAZER O BEM NÃO IMPORTA A QUEM

 
Leda Lasserre, orientadora educacional, tinha febre reumática e cresceu com reumatismo infeccioso. Começou a cuidar de crianças doentes, fazendo roupinhas para elas e separando alimentos. Ela diz: “Envolver-me com o sofrimento dos outros ajudan- do crianças que não tinham dores nas pernas, mas tinham fome e outras privações, me fez suportar as minhas dores e me deu uma alegria contagiante”. 

Segundo o Australian Kindness Movement, a gentileza está sendo utilizada para manter a pressão arterial sob controle, banir dores de cabeça, aliviar dores nas costas e reduzir a dor da artrite e lúpus. 

Elisabeth Campos, tradutora, percebeu o benefício da gentileza quando começou a visitar pacientes em hospitais. Ela sofria de uma alergia sem cura, que fazia seus dedos se abrirem em grandes feridas. Passou também a realizar trabalhos voluntários em uma entidade filantrópica. Em breve tudo desapareceu e ela relata que nunca mais voltou a ficar doente. 

Mas, afinal, qual a razão de tantos efeitos positivos em decorrência da gentileza? Por que ajudar ao próximo acaba nos ajudando mais que tudo? Segundo os especialistas, em parte porque, ao ajudar ao próximo, deixamos de focar nossa atenção sobre os nossos problemas, o que por tabela reduz o nosso estresse. O dr. Herbert Benson, cardiologista da Universidade de Harvard (EUA), diz que quando realizamos um ato de gentileza, nosso corpo nos recompensa criando uma “sensação agradável”, o que aumenta a autoestima e o bem-estar. Esse efeito é conhecido como o “barato” de fazer o bem, liberando endorfinas no corpo – substâncias naturais semelhantes à morfina que criam uma sensação de felicidade dentro de nós. Elas também ajudam a reduzir qualquer mensagem de dor enviada ao cérebro. 

Apesar de tantos benefícios sobre o ato de ser gentil e fazer o bem, parece que atos delicados ainda não são comuns em nossa sociedade. Em seu livro, Pearsall diz que isso se reflete nas doenças e na constante sensação de infelicidade do ser humano. Segundo ele, essa infelicidade é oriunda da nossa incapacidade de controlar o destino, assim como de nossa incapacidade de nos dar conta de que existe uma relação entre nossas doenças físicas e sociais. Para Pearsall, a solução seria nossa reconexão com nós mesmos, com a terra e com aqueles ao nosso redor.

Se podemos até mesmo combater as doenças e a eterna sensação de infelicidade ao promover a gentileza, é de se supor que atos gentis possam nos conduzir a um caminho mais rápido em direção à evolução espiritual, ao alcance da iluminação. E, segundo o Yoga, isso realmente é possível. Kupfer explica que a segunda maneira de dizer gentileza é anugraha. “O Bhagavata Purana usa repetidas vezes o termo anugraha como expressão da compaixão de Ishvara (Deus) por todas as criaturas. Adi Shankaracharya (filósofo indiano que estabeleceu a doutrina do Vedanta Advaita), ao longo de toda a sua obra, igualmente menciona anugraha como a graça que possibilita a libertação, a saída do samsara, o ciclo de nascimentos e mortes. Seja qual for a palavra que usarmos em sânscrito para dizer gentileza, essa gentileza tem duas dimensões: a divina em relação ao humano, e a da convivência entre os humanos.” 

Com a intenção de encorajar ações em prol de uma sociedade mais gentil e justa foi criado o World Kindness Movement, que surgiu a partir de uma pequena conferência realizada em Tóquio, em 1996. A organização, espalhada por diversos países do mundo, tem como representante oficial no Brasil a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABVQ). A representante do WKM no Brasil, Sâmia Simurro, pontua que o bem-estar não é obtido somente por meio de atitudes saudáveis, como uma boa alimentação, boas horas de sono etc. Para ela, o bem-estar também advém de uma boa relação entre os seres humanos, permeada por gestos amáveis e gentis.
 
Como todo ato de bondade, precisamos estar alertas para não fazer o bem esperando colher a recompensa. Quando não esperamos por resultado algum, tudo o que advém de bom de nossos atos soa como bônus. Assim não geramos expectativas e frustrações. É bom ter em mente que a gentileza brota naturalmente de estados emocional e espiritual mais avançados. Kupfer diz: “Gentileza é aquilo que naturalmente surge quando a pessoa amadurece emocionalmente ou se aproxima desse estado de consciência que é moksha, a liberdade. Como todas as demais virtudes, a gentileza é um efeito colateral da maturidade emocional”. 

Por fim, vale lembrar que a gentileza tem efeito cascata (gentileza gera gentileza!), pois faz bem a quem a pratica e também a quem a observa. Luks diz: “Ajudar ao próximo tem o poder de afetar não só a saúde do indivíduo, mas a saúde de toda a nossa sociedade, tão permeada de tensão”. Kupfer acrescenta sobre o valor de fazer o bem: “Creio que a nossa sociedade poderia ser mais feliz se descobrisse o valor da gentileza. Para isso, todos nós devemos fazer a nossa parte no sentido de tornar o mundo um lugar mais agradável. Assim, podemos pensar em nos colocar na pele dos demais e trabalhar pequenas atitudes, como ceder a passagem no trânsito, não querer sempre chegar em primeiro lugar, deixar os outros vencerem de vez em quando e não sermos tão duros conosco”.

 
Quem foi o profeta Gentileza?
José Datrino, nascido em 1917, ficou famoso a partir da década de 1980 por andar pelas ruas do Rio de Janeiro com uma barba longa, trajando uma túnica branca e escrevendo em pilastras, na zona portuária, frases que estimulavam o amor entre as pessoas. Passou a se apresentar como “profeta Gentileza”, e sua frase mais famosa, “Gentileza gera gentileza” está até hoje no imaginário popular. Recentemente Glória Perez o homenageou em sua última novela, fazendo-o personagem, interpretado por Paulo José. Após uma infância difícil, Gentileza passou a trabalhar com transporte de cargas, até que um dia largou tudo motivado pelas “vozes que escutava” e foi se dedicar à sua missão: pregar o amor ao próximo. Tal fato gerou várias internações psiquiátricas, até chegarem à conclusão de que Gentileza não sofria de mal algum. Morreu em 1996, deixando mais de 50 pilastras pintadas com suas mensagens – hoje, patrimônio artístico-cultural do Rio. Algum tempo atrás essas pilastras foram recobertas por tinta e cal, encobrindo o trabalho de Gentileza. Porém, o projeto “Rio com Gentileza” trabalha em prol de recuperar essas obras. A segunda restauração está sendo comandada por uma equipe da Universidade Federal Fluminense (UFF) e o projeto foi lançado no último dia 6 de maio no Rio de Janeiro. Para os que chamavam o profeta Gentileza de louco, ele sorria e retrucava: “Sou maluco para te amar e louco para te salvar”.

Artigo escrito por Cacau Peres para a Revista Yoga Journal em 2010.

Etiqueta do Yoga

De olho no relógio

Existe coisa pior do que você estar concentrado na aula e alguém entrar e tirar o foco de todo mundo?

Sabemos que em algum momento, isso acontece com todo mundo: a correria do dia a dia às vezes faz com que nos atrasemos. Apesar de ser melhor chegar alguns minutos atrasado do que perder a prática inteira, você deve repensar seu comportamento se estiver muito atrasado. Tornar o atraso um hábito demonstra desrespeito com o professor e com os outros alunos e rouba a chance de aproveitar integralmente os benefícios de uma aula. Se estiver atrasado, aguarde até o fim do mantra, entre em silêncio, peça desculpas para o professor depois da aula e faça seu melhor para que não aconteça novamente. E seja coerente: se o atraso ultrapassar os 15 minutos, é melhor não entrar na aula.

Psiu!

A prática de uma respiração sonora, normalmente parte de uma técnica conhecida como ujjayi pranayama (respiração vitoriosa), é bastante comum nas aulas, principalmente as mais intensas. Mas gemer alto quando se afunda em uma deliciosa postura do pombo não é nem um pouco legal — a menos que o professor tenha pedido para todos na aula. Tenha consideração pelos outros e mantenha em mente que se seus suspiros podem ser ouvidos nos cantos distantes, assim como seu papo com o vizinho, pois isso pode distrair seus companheiros de aula. Guarde os efeitos sonoros entusiasmados para as práticas em casa e limite a socialização a antes e depois da aula.

Esqueça o celular
Não precisamos nem dizer, pois isso deveria já estar incorporado nas pessoas. Mas com esse mundo tecnológico e conectado, às vezes as pessoas acabam esquecendo dessa regrinha bem básica. Todo mundo na sala (incluindo você) apareceram para ter um pouco de paz. Então, silencie seu celular. Por favor. Se não desligar seu celular é quase certeza que receberá uma ligação durante o relaxamento. Você passará os próximos  segundos revirando freneticamente sua bolsa tentando achar o telefone. Quando achar já vai ter parado de tocar, mas daí você já acabou com a paz de todo mundo. Desligou? Ótimo! Agora cheque novamente para ter certeza.

Divida o professor
Diga a seu professor se tiver machucado ou condição médica relevante e avise se sentir dor em uma postura específica. Mas não monopolize o professor! Resista à tentação de pedir por ajustes a toda hora. Em vez de contar para todo mundo uma descrição detalhada de seus machucados, tente incorporar à sua prática o princípio yóguico de contenção. Se tiver perguntas específicas, chegue mais cedo ou fique após a aula para falar com o professor. Ainda melhor: se puder, marque uma aula particular para afinar os asanas e adaptá-los ao seu corpo.

Ande direito
Antes de entrar em um estúdio de Yoga é preciso tirar os sapatos – mesmo seus chinelos ecológicos! Mas tome cuidado também quando estiver passeando pela escola para não pisar nos mats. Já pensou se um pé sujo marcasse bem o lugar onde apoia sua testa na postura da criança? E, se a prática for em duplas, é educado perguntar: “Posso pisar no seu tapete?” antes de pular no santuário do Yoga de seu parceiro.

Sem cheiro
Uma das coisas que difere a prática de asanas das outras atividades físicas é a ênfase na respiração. E uma respiração ujjayi profunda e cheia de perfume pode arruinar uma prática. Cheiros fortes incomodam e algumas pessoas têm até alergia a perfume, até de óleos essenciais. Se possível, tome banho antes da aula e não use perfumes. Então, elimine o patchouli, ou pelo menos guarde-o para depois da prática.

Pegue somente no seu pé
Uma das maiores recompensas de frequentar uma aula com regularidade é o sentimento de comunidade que desenvolve com outras pessoas. Ser simpático com seus colegas é totalmente apropriado, mas paquerar a(o) gata(o) à sua frente não é. Para muitos, o Yoga é um espaço sagrado – uma hora e lugar para voltar-se para dentro, ficar um pouco ao natural, recolher-se do mundo. Deixe as paqueras para fora da sala de prática.

Sozinho
Se dividir entre o trabalho, família e uma prática regular de Yoga é indiscutivelmente difícil. Mas a aula de Yoga não é o melhor local para fazer tudo isso. Se seu filho consegue praticar sem perturbar os outros e você tem a autorização do seu professor, tudo bem levá-lo. Mas pense duas vezes. Pode ser que para algumas pessoas esse seja um tempo sagrado livre de crianças. Respeite esse sentimento já que, em algum momento, você também pode querer a mesma coisa.

Não molhe tudo
Transpirar é bom, pois limpa os poros, livra o corpo de toxinas e é um sinal de que você está trabalhando duro. Mas se suar demais, traga uma toalha para se secar e não pingar no mat do vizinho ou, se necessário, secar qualquer poça no chão da sala.

Tente relaxar
Enquanto todos se acomodam no savasana (postura do cadáver), você está tentando escapar. Talvez não consiga parar de pensar em todas as coisas que poderia estar fazendo com aqueles minutos. Mas relaxe. Além de distrair os outros e ser um desrespeito com o professor, você perderá o profundo relaxamento no final, que pode ser considerada a parte mais importante da prática; o savasana pode ser a postura mais transformadora que faz no dia. E veja por este lado: se está tão ansioso para ir, não seria isso motivo suficiente para ficar?

Texto retirado do site da revista Yoga Journal Brasil: http://www.yogajournal.com.br/bem-estar/etiqueta-do-yoga/

domingo, 1 de junho de 2014

Gayatri Mantra

Gayatri Mantra

Om Bhur bhuvassuvah
Tat savitur varenyam
Bargo devasya dhimahi
Dhiyo yo nah prachodayaat

Om Contemplemos a Luz que ilumina os planos mortal, astral e divino.
Meditemos sobre o esplendor brilhante do Deus Sol.
Que Ele ilumine nosso intelecto, nos guiando e inspirando
para que possamos fazer a ação correta na hora certa.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Como usar o japamala


Você tem aquele tradicional colar de 108 contas, conhecido por japamala, mas não sabe usá-lo? Não tem mistério algum. Basta que você passe as contas pelos dedos como se fosse um terço convencional.

Começamos pela primeira conta próxima à continha extra, que serve para indicar quando uma volta completa foi feita. Lembre-se que cada conta indica a repetição do mantra escolhido.

Para repetir um mantra, há três formas: em voz alta; baixinho em forma de sussurro; ou mentalmente. Faça a repetição em um ritmo normal, de preferência, acompanhando a respiração.


Posicione o japamala sobre os dedos médio, anelar e mínino da mão direita. O polegar se encarrega de fazer correr as contas do mala. O indicador não é usado. Se acaso for fazer mais que 108 repetições, basta virar o mala e começar a contagem novamente. Lembrando que as repetições podem ser 11, 24, 27, 54, 108 ou 1008.


Texto de Cacau Peres para o site da revista Yoga Journal.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O poder da Aloe Vera (nossa queridinha babosa!)

Dentro das rodas de Yoga, um assunto que quase sempre vem à tona é o suco de aloe vera*. Os terapeutas naturais têm recomendado a sua ingestão e a popularidade da bebida só vem aumentando. Mas qual a utilidade desse suco, afinal?

O aloe vera reabastece o corpo naturalmente com aminoácidos essenciais, tem a capacidade de inibir a inflamação e dores nas articulações, sem efeitos colaterais. Além disso, complementa as necessidades diárias de vitaminas como A, B1, B2, B6, B12, C e E, ácido fólico e niacina. O aloe vera contém nove minerais essenciais, que incluem o cálcio, sódio, ferro, potássio, cromo, magnésio, manganês, cobre e zinco.

O aloe vera é imensamente conhecido por seu alto poder cicatrizante e ajuda o corpo a ter uma melhor imunidade, protegendo de várias doenças. Quando ingerido como suco, o aloe vera também ajuda a controlar o açúcar no sangue, promove a saúde cardiovascular e melhora o funcionamento do fígado e rins.

O suco de aloe vera atenua a azia, colaborando no processo digestivo e ainda auxiliando a manter o peso. Seus ácidos graxos beneficiam não somente o estômago, mas também o cólon (ideal para quem sofre de síndrome do cólon irritável) e o intestino delgado.

Para usufruir dos benefícios da aloe vera, tome um cálice do suco (vendido em casas de produtos naturais e algumas redes de supermercados) todos os dias em jejum. Em poucos dias você perceberá seus benefícios se refletindo na beleza e na saúde!

* Atenção: A aloe vera tem efeito abortivo, por isso deve ser evitada por gestantes. Lactantes, diabéticos e crianças menores de 5 anos devem consultar um médico antes de fazer uso do suco.

Texto escrito por Cacau Peres para Yoga Journal.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

30 coisas que você deve começar a fazer por si mesmo

1. Comece a passar o tempo com as pessoas certas
Estas são as pessoas que você gosta, que amam e apreciam você, e que o incentivam a melhorar de maneira saudável e estimulante. São aquelas pessoas que fazem você se sentir mais vivo, e não só aceitam quem você é agora, mas também estão de acordo e aceitam quem você quer ser, incondicionalmente.

2. Comece a enfrentar seus problemas de frente
Não são os seus problemas que definem você, mas como você reage e se recupera deles. Os problemas não vão desaparecer se você não agir. Faça o que você puder, quando puder, e reconheça o que você fez. É uma questão de dar passos de bebê na direção certa, centímetro por centímetro. Estes centímetros contam, eles somam metros e quilômetros a longo prazo.

3. Comece a ser honesto com você mesmo sobre tudo
Seja honesto sobre o que está bem, assim como sobre o que precisa ser mudado. Seja honesto sobre o que você quer alcançar e quem você quer se tornar. Seja honesto com todos os aspectos da sua vida, sempre. Porque você é a única pessoa que você sempre pode contar. Procure a verdade na sua alma, para que você realmente saiba quem você é. Quando você fizer isso, você terá uma melhor compreensão de onde você está agora e como você chegou aqui, e você estará melhor equipado para identificar onde você quer ir e como chegar lá. Leia O Caminho Menos Percorrido.

4. Comece a fazer da sua própria felicidade uma prioridade
Suas necessidades importam. Se você não se valoriza, não se cuida e não se defende, você está se sabotando. Lembre-se, é possível cuidar das suas próprias necessidades e ao mesmo tempo cuidar das pessoas ao seu redor. E quando as suas necessidades forem atendidas, você provavelmente vai ser muito mais capaz de ajudar aqueles que precisam de você.  

5. Comece a ser você mesmo, genuinamente e orgulhosamente
Tentar ser qualquer outra pessoa é um desperdício da pessoa que você é. Seja você mesmo. Abrace essa pessoa dentro de você, que tem ideias, força e beleza como ninguém. Seja a pessoa que você sabe que você é – a melhor versão de você – do seu jeito. Acima de tudo, seja fiel a VOCÊ, e se seu coração não quiser fazer algo, então não faça.

6. Comece a prestar atenção e viver no presente 
O agora é um milagre. Agora é o único momento garantido para você. Agora é a vida. Então pare de pensar em como as coisas vão ser ótimas no futuro. Pare de ficar pensando sobre o que você fez ou deixou de fazer no passado. Aprenda a ficar no “aqui e agora” e experimentar a vida enquanto ela está acontecendo. Aprecie o mundo pela beleza que ele possui nesse momento.

7. Comece a valorizar as lições que seus erros ensinam 
Tudo bem errar. Os erros são os degraus do progresso. Se você não está falhando de vez em quando, você não está se esforçando o suficiente e você não está aprendendo. Assuma riscos, tropece, caia, e, em seguida, levante-se e tente novamente. Aprecie que você está se esforçando, aprendendo, crescendo e melhorando. Conquistas significativas são quase invariavelmente realizadas no final de um longo caminho de fracassos. Um dos “erros” que você teme pode ser apenas o elo para o seu maior feito na vida.

8. Comece a ser mais gentil com você mesmo
Se você tivesse um amigo que falasse com você da mesma forma como, às vezes, você fala com você mesmo, quanto tempo você permitiria que essa pessoa fosse sua amiga? A maneira como você se trata estabelece o padrão para os outros. Você deve amar quem você é ou ninguém mais irá.

9. Comece a desfrutar as coisas que você já tem
O problema com muitos de nós é que pensamos que vamos ser feliz quando alcançarmos certo nível na vida – um nível que outros conseguiram – seu chefe com seu escritório de canto, o amigo de um amigo que é dono de uma mansão na praia, etc. Infelizmente, pode levar algum tempo antes que você chegue lá, e quando você chegar lá, você provavelmente vai ter um novo destino em mente. Você vai acabar gastando toda a sua vida trabalhando em direção a algo novo, sem nunca parar para apreciar as coisas que você tem agora. Então, fique em silêncio todas as manhãs quando você acordar, e aprecie onde você está e o que você já tem.

10. Comece a criar sua própria felicidade
Se você está à espera de alguém para lhe fazer feliz, você está perdendo tempo. Sorria porque você pode. Escolha a felicidade. Seja a mudança que você quer ver no mundo. Seja feliz com quem você está agora, e deixe a sua positividade inspirar sua jornada para o amanhã. Felicidade é frequentemente encontrada quando e onde você decide procurá-la. Se você procurar a felicidade dentro das oportunidades que você tem, você acabará por encontrá-la. Mas se você constantemente procurar outra coisa, infelizmente, você vai encontrar isso também. Leia Tropeçar na Felicidade.

11. Comece a dar uma chance para as suas ideias e sonhos 
Na vida, raramente é sobre ter uma oportunidade, mas sim sobre se arriscar. Você nunca vai estar 100% certo que vai funcionar, mas você sempre pode estar 100% certo que não fazer nada não vai funcionar. Na maioria das vezes você só precisa ir em frente! E não importa o resultado, sempre acaba do jeito que deveria ser. Ou você tem sucesso ou você aprende alguma coisa. De qualquer jeito, você ganha.

12. Comece a acreditar que você está pronto para a próxima etapa 
Você está pronto! Pense nisso. Você tem tudo que você precisa agora para dar o próximo passo adiante, pode ser pequeno, mas deve ser realista. Então abrace as oportunidades que surgem em seu caminho, e aceite os desafios – eles são presentes que irão ajudá-lo a crescer.

13. Comece novos relacionamentos pelas razões certas
Entre em novas relações com pessoas confiáveis , honestas, que refletem a pessoa que você é e a pessoa que você quer ser. Escolha amigos que você tem orgulho de conhecer, pessoas que você admira e que demonstram amor e respeito por você – pessoas que retribuem sua bondade e seu compromisso. E prestam atenção ao que as pessoas fazem, porque as ações de uma pessoa são muito mais importantes do que suas palavras ou como os outros a descrevem.

14. Comece a dar uma chance às novas pessoas que você encontra
Parece desagradável, mas você não pode manter cada amigo que você já fez. As pessoas e suas prioridades mudam. Assim como alguns relacionamentos vão desaparecer, outros vão crescer. Aprecie a possibilidade de novas relações enquanto você naturalmente larga mão das antigas que não funcionam mais. Confie em seu julgamento. Abrace novas relações, sabendo que você está entrando em território desconhecido. Esteja pronto para aprender, esteja pronto para o desafio e esteja pronto para encontrar alguém que pode mudar sua vida para sempre.

15. Comece a competir contra uma versão anterior de você mesmo
Seja inspirado pelos outros, aprecie os outros, aprenda com os outros, mas saiba que competir contra eles é um desperdício de tempo. Você está em competição com uma pessoa e apenas uma – você mesmo. Você está competindo para ser o melhor que você pode ser. Vise quebrar seus próprios recordes pessoais.

16. Comece a torcer pela vitória das outras pessoas
Comece a perceber o que você gosta nos outros e diga a eles. Apreciar o quão incrível as pessoas ao seu redor são conduz a lugares, bons, produtivos, gratificantes e pacíficos. Então, fique feliz por aqueles que estão progredindo. Torça pelas suas vitórias. Seja grato abertamente pelas bênçãos que eles receberam. O que vai, volta, e mais cedo ou mais tarde, as pessoas para quem você está torcendo começarão a torcer por você.

17. Comece a olhar para o lado positivo nas situações difíceis
Quando as coisas estão difíceis, e você se sente para baixo, faça algumas respirações profundas e procure o lado positivo – os pequenos sinais de esperança. Lembre-se que você pode e vai ficar mais forte quando esses tempos difíceis passarem. E permaneça consciente de suas bênçãos e vitórias – todas as coisas em sua vida que estão bem. Concentre-se no que você tem, não no que você não tem.

18. Comece a perdoar a si mesmo e aos outros
Todos nós fomos feridos pelas nossas próprias decisões e pelos outros. E enquanto a dor dessas experiências é normal, às vezes perdura por muito tempo. Nós revivemos a dor repetidamente e temos dificuldade em deixá-la ir. O perdão é o remédio. Isso não significa que você está apagando ou esquecendo o que aconteceu no passado. Isso significa que você está deixando de lado o ressentimento e a dor, e está escolhendo aprender com o incidente e seguir em frente com sua vida.

19. Comece a ajudar aqueles que estão a sua volta
Se preocupe com as pessoas. Oriente-as se você souber um caminho melhor. Quanto mais você ajudar os outros, mais eles vão querer ajudá-lo. Amor e bondade gera amor e bondade. E assim por diante.

20. Comece a ouvir a sua voz interior
Se isso ajuda, discuta suas ideias com as pessoas mais próximas de você, mas dê a você mesmo espaço suficiente para seguir a sua própria intuição. Seja fiel a si mesmo. Diga o que você precisa dizer. Faça o que o seu coração diz que está certo.

21. Comece a ficar atento ao seu nível de estresse e faça pausas curtas
Vá mais devagar. Respire. Dê a você mesmo permissão para fazer uma pausa, reagrupar e avançar com clareza e propósito. Quando você estiver muito ocupado, um breve recesso pode rejuvenescer a sua mente e aumentar a sua produtividade. Estas pausas curtas vão ajudá-lo a recuperar sua sanidade e refletir sobre suas ações recentes, assim você pode ter certeza que elas estão alinhadas com seus objetivos.

22. Comece a perceber a beleza dos pequenos momentos
Em vez de esperar que grandes coisas aconteçam – casamento, filhos, grande promoção, ganhar na loteria – encontre a felicidade nas pequenas coisas que acontecem todos os dias. Pequenas coisas, como tomar tranquilamente uma xícara de café no início da manhã, ou o delicioso cheiro e sabor de uma refeição caseira, ou o prazer de compartilhar algo que você gosta com outra pessoa ou ficar de mãos dadas com o seu parceiro. Perceber esses pequenos prazeres diariamente faz uma grande diferença na qualidade de sua vida.

23. Comece a aceitar as coisas quando elas não são perfeitas
Lembre-se, “perfeito” é o inimigo do “bom”. Um dos maiores desafios para as pessoas que querem melhorar a si mesmas e melhorar o mundo é aprender a aceitar as coisas como elas são. Às vezes é melhor aceitar e apreciar o mundo como ele é, e as pessoas como elas são, em vez de tentar fazer com que tudo e todos estejam em conformidade com um ideal impossível. Não, você não deve aceitar uma vida medíocre, mas deve aprender a amar e valorizar as coisas até mesmo quando elas não são perfeitas.

24. Comece a trabalhar na direção dos seus objetivos todos os dias
Lembre-se, a viagem de mil quilômetros começa com um passo. Seja qual for o seu sonho, todo dia dê um passo pequeno, mas coerente, para que seu sonho aconteça. Vá lá e faça alguma coisa! Quanto mais você trabalhar, mais sorte você terá. Enquanto muitos de nós dizemos, em algum momento durante o curso de nossas vidas, que queremos seguir a nossa vocação, poucos são aqueles astutos que realmente trabalham para que isso aconteça. Por “trabalhar por isso”, eu quero dizer se dedicar consistentemente ao resultado final. Leia Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes.

25. Comece a dizer mais como você se sente
Se você está sofrendo, dê a você mesmo o espaço e o tempo necessário para se sentir a dor, mas esteja aberto sobre isso. Converse com as pessoas mais próximas a você. Diga-lhes a verdade sobre como se sente. Deixe-os ouvir. O simples ato de desabafar é o seu primeiro passo para se sentir bem novamente.

26. Comece a tomar plena responsabilidade pela sua vida
Seja responsável pelas suas escolhas e pelos seus erros, e esteja disposto a tomar as medidas necessárias para melhorar de acordo com eles. Ou você assume responsabilidade pela sua vida ou alguém o fará. E quando alguém o fizer, você vai se tornar um escravo das suas ideias e sonhos em vez de um pioneiro dos seus próprios sonhos. Você é o único que pode controlar diretamente o resultado da sua vida. E não, não vai ser sempre fácil. Cada pessoa tem uma pilha de obstáculos na frente delas. Mas você tem que assumir a responsabilidade pela sua situação e superar esses obstáculos. Optar pelo contrário é escolher uma vida de mera existência.

27. Comece a nutrir seus relacionamentos mais importantes
Leve para a sua vida, e para as vidas daqueles que você ama, verdadeira e honesta alegria com o ato simples de lhes dizer regularmente o quanto eles significam para você. Você não pode ser tudo para todos, mas você pode ser tudo para algumas pessoas. Decida quem são essas pessoas em sua vida e trate-as como se fossem da realeza. Lembre-se, você não precisa de certo número de amigos, apenas um número de amigos que você pode contar.

28. Comece a se concentrar nas coisas que você pode controlar
Você não pode mudar tudo, mas você sempre pode mudar alguma coisa. Desperdiçar seu tempo, talento e energia emocional com coisas que estão além do seu controle é uma receita para a frustração, miséria e estagnação. Invista sua energia nas coisas que você pode controlar e aja sobre elas agora.

29. Comece a se concentrar na possibilidade dos resultados positivos
A mente tem que acreditar que pode fazer alguma coisa antes que seja realmente capaz de fazê-la. O caminho para superar os pensamentos negativos e as emoções destrutivas é desenvolver emoções positivas que são mais fortes e mais poderosas. Ouça a sua voz interior e substitua pensamentos negativos por positivos. Independentemente de como a situação parece, foque sobre o que você quer que aconteça e, em seguida, dê o próximo passo positivo. Não, você não pode controlar tudo o que acontece com você, mas você pode controlar como você reage às coisas. A vida de todos tem aspectos positivos e negativos. A longo prazo, você ser ou não ser feliz e bem-sucedido depende muito de quais são os aspectos mais focados na sua vida. Leia The How of Happiness.

30. Comece a perceber o quão rico você é agora
Henry David Thoreau disse certa vez: “Riqueza é a capacidade de experimentar a vida plenamente.” Mesmo quando os tempos estão difíceis, é sempre importante manter as coisas em perspectiva. Você não foi dormir com fome na noite passada. Você não dormiu na rua. Você pôde escolher que roupa vestir esta manhã. Você não se cansou hoje. Você não gastou um minuto com medo. Você tem acesso à água potável. Você tem acesso a cuidados médicos. Você tem acesso à Internet. Você pode ler. Alguns poderiam dizer que você é incrivelmente rico, então se lembre de ser grato por todas as coisas que você tem.

Artigo escrito por Marc & Angel (www.marcandangel.com)